segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Recorrência



Não é apenas um nó, é o novelo inteiro de emaranhados entalados me sufocando...
Não é porque você gostaria que fizessem isso com você, que seria dessa mesma forma com as outras pessoas ou seja a frase que eu sempre acreditei durante muito tempo "Faça para o outro o que gostaria que fizessem por você" simplesmente não faz sentido algum...
A falta de dialogo. A falta que uma bola de cristal faz... não sou advinha, nem tudo enxergo como deveria ser. As aparências enganam, tem muita coisa por trás desses acontecimentos. Atitudes e palavras, até a falta delas chegam a machucar.

Tudo tem dois lados, a vida precisa ser mais maleável. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Confins.

"As atualizações de rejeição foram atualizadas", isso foi o que meu sistema disse nesses últimos dias.
Você busca fazer diferente. Você busca mudar sua rotina. Você busca não esperar que venham falar.
Vai lá e faz. Vai lá e diz. Vai lá e não espera. Vai lá e se quebra. Sempre, parecem que tem coisas que não mudam mesmo.
O cara namora, fala comigo e nós sabemos que não é simplesmente papo de amigos um "oi" em pleno sábado meia noite. Papo vai, papo vem... pergunto por interesse em um amigo dele, recebo um vai lá e pergunta com direito a ser bloqueada. Porra! Você namora, não quer nada comigo e eu não posso perguntar do seu amigo? Três dias depois recebo "de boas". Não sei lidar. Não entendo qual é a sua comigo.
Fui lá e falei com o tal amigo dele. Tomei a iniciativa do inicio de um dialogo, situação muito difícil quando não se é acostumada a fazer isso. Enfim, o assunto funcionou durante aquele momento e ficou por ali. Não consigo tomar a iniciativa de iniciar um papo de novo. Acontece.
Chamada para sair com mudanças de planos de em menos de uma hora, para ganhar um desconvite. Tá que estava tudo funcionando muito certo para ser verdade e não é a toa que eu já sabia que algo não sairia certo. A gente tenta ser otimista e a vida lhe retribui assim.  A principio não me incomodou, mas como hoje é domingo já sabe a cabeça é voltada para trabalhar com os incômodos da vida.
As vezes me sinto nadando contra a correnteza. 
Confesso estar cansada de seguir sozinha. 
Estou perdida, estou me perdendo cada vez mais.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Incontroverso.


Literalmente. 

Não é algo pra mim. Já se passaram dois anos desde a última companhia, desde o último boa noite. Não, não é saudade em si e sim saudade da situação de ter alguém se importando com você.
Já tentou não se encanar com isso? Sim. Já tentou fazer diferente? Sim. Já mudou de ambientes? Sim. Já agi das mais diversas formas, já fugi dos meus princípios, já perdi as contas...
O atual sentimento é de nunca ser o suficiente. Como assim nenhum dos caras que conheci nesse meio tempo nunca se interessou em mandar um misero 'oi' no dia seguinte? "Ai mais não era pra ser", sério tentei me conformar com todos esses clichês para me consolar mas não acho que eles sejam tão verdadeiros assim quando se trata de mim. Algo errado tem, seja no meu comportamento ou na uruca que fizeram com o meu nome. Quanto custa desenvolver um dialogo ein? É tanta cobrança isso depois de uma noite? Eu conheci teu corpo, você conheceu o meu. Tivemos uma troca e agora somos meros desconhecidos? É assim a vida? Não, isso não é um pedido para que tenhamos um namoro. Isso é apenas um pedido para que não sejamos apenas corpos que se conheceram numa noite embriagados, apenas isso. Bom e se fosse para sermos só os tais corpos que se conheceram numa noite embriagados e logo em seguida seriamos desconhecidos, tudo bem eu saberia lidar de alguma forma... mas para isso você não deveria ter anotado meu celular, não deveria ter anotado teu número no meu celular... é melhor ser um desconhecido por completo.
Me lembro perfeitamente, quando conheci diversos caras e se quer os nomes perguntei. Assim é melhor. Assim não me incomoda. Assim é mais simples lidar no amanhecer.

Ainda tem um grito entalado.
Ainda tem um vazio.
Ainda tem uma pergunta sem resposta.
Ainda tem um até quando.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Talvez uma explicação (?)

Muita coisa mudou em minha vida desde a última vez que escrevi aqui...
Confesso que senti falta de vir aqui escrever sobre meus sentimentos e histórias, mas esse tempo me ensinou também que nem tudo pode ou deve ser colocado para fora. Ainda erro em bastantes aspectos sobre isso, mas esta sendo errando que estou chegando mais próximo de acertar.
Por um tempo me mantive frequentando os mesmos lugares. Mas me dei oportunidade de ir para lugares jamais imaginados. A quantidade de pessoas ao meu redor diminuiu consideravelmente e muitas vezes me vi sozinha, me vejo sozinha... isso faz parte do tal se tornar adulto.
São tantas preocupações, cobranças, dúvidas, decisões diárias a serem tomadas que tem vários momentos que acho que não vou aguentar.
Crenças diferentes, energias diferentes. Outro modo de ver a vida sendo construído.
Fiquei sem visitar aqui por um bom tempo mas enquanto estou escrevendo aqui me lembro que meus registros não pararam, só mudaram um pouco. Tatuagens, piercings, moveis, cor do cabelo, esmalte e batom, roupas, fotografias, músicas... tudo isso acabou se tornando parte dos meus registros, desse novo modo de enxergar.
Hoje faz frio, talvez o clima esteja 
propicio há nostalgia e me fez visitar
 essa saudade que eu tenho de escrever aqui...

sábado, 27 de setembro de 2014

Des(amor)


∮ Let’s trade in all our judging for appreciating. Let’s lay down our righteousness and just be together. ~Ram Dass ∮

Ontem a coleção aumentou, mais um desilusão amorosa para lista.
Tempo? O que é pedir um tempo para alguém?
Eu vive isso durante os últimos dias e já de se prever que isso não existe. Você continuou sua vida normalmente, utilizou o 'tempo' que me pediu para me maltratar e foi concluído com sucesso.
Ontem foi o fim de algo que eu acreditei que seria diferente... e eu estava certa, foi diferente. Eu acreditei, dei todo o meu amor. E se tornou isso.
Parece que o você tinha guardado para o 'gran finale' era apenas vingança de outro desamor que você sofreu, que te maltrataram pedindo 'tempo', para logo te abandonar. Você encontrou eu, que estava disposta a te dar amor... mas foi mais fácil não ser honesto comigo, não sentir mais uma vez a culpa que carregou durante algum tempo e deixar para que eu fizesse o que você disse que ia ter feito, acabar o que poderíamos ter.
Acreditei que dessa vez eu teria um relacionamento como todas as pessoas tem. As vezes, chego a desconfiar que isso não é para mim. Pelo menos não agora. Eu não cobrei nada além do que estar ao seu lado e isso foi muito para você. O seu muito foi pouco para mim.
Tá menos dolorido do que a primeira vez, estou sentindo que não sou mais um peso na sua vida. Essa semana que pediu o tal 'tempo' foi de preparação, eu já não sabia mais como tinha sido seu dia e você não sabia mais do meu... agora só vai continuar como sempre foi. Vou sentir saudade do que eu achava que era de verdade, dos abraços esmagadores, dos beijos, da ansiedade de te ver, de preparar surpresinhas, dos beijos, da sintonia... do que eu achava que existia, do que eu achava um dia poderia vir a dar certo, do que você me iludiu.
Cada um lida de uma maneira diferente, tem uma mania diferente e se expressa de um jeito diferente. Para estar junto de alguém acredito que é tudo questão de adaptação, eu remexo aqui e você remexe ai para estarmos juntos. Isso é em todos os tipos de relacionamentos que temos na vida: trabalho, escola, amigos e inclusive romances.
A vida de ninguém parou para uma resposta surgir. Até porque ela já existia e mais uma vez foi você quem fez de acabar tudo, a diferença foi que eu cansei de ser otária.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Carecer.

Em estaca zero.
Novamente. 

A recuperação de ter que deixar ir para longe algo que você se entregou desde o primeiro fio de cabelo até a última lagrima, tem sido uma tarefa difícil. 
Todos, inclusive eu me enganei mais uma vez. Você me abraçou, eu chorei em seu ombro assim que eu o alcancei subindo na murreta e custou para que eu acreditasse que eu estava novamente envolvida em seus longos braços e você me disse que nunca deveria ter me deixado. Eu te contei que estava com uma saudade tão grande e você concordava com cada palavra que eu dizia, acompanhava cada gesto que eu fazia e sentia o meu perfume como se não houvesse amanhã. Disse que sentia saudade também, falou até que no dia seguinte ia vir tomar um café meu pois sentia falta disso também. Saímos com os dedos entrelaçados feitos nós, como se nunca mais fossemos soltar. Como antes, você fazia questão de sentir o calor do meu corpo enquanto tomávamos cerveja no copo americano na mesma sintonia e isso se repetiu após longos dias separados. As pessoas que estavam a nossa volta viam estampados largos sorrisos em nossos olhos. Me deixou sã e salva em casa como sempre fazia, mesmo eu tendo dito que eu aprendi o caminho sozinha. Ficamos abraçados no portão de casa por um longo tempo, os dois praticamente dormindo de pé e com medo de se soltar. Eu tive medo. Foi tudo tão como antes... 
Foi tudo como antes, que no dia seguinte eu voltei a seguir sozinha. 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Aro

É difícil para mim se livrar do passado e você ainda teve a ousadia de me dizer que eu logo esqueceria...
Demoro um tempo para absorver as perdas. 
Demoro um tempo para elaborar o meu luto.
Poucas pessoas sabem como eu sou. 
Poucas pessoas sabem dos meus sonhos e anseios. 
Poucas pessoas entendem o valor que tem os pequenos gestos e o estar junto. 
Poucas pessoas entendem que eu não me importo com status.
Poucas pessoas entendem que a boa índole que a pessoa carrega consigo é importante.
Me pergunto diariamente desde então porque as coisas simplesmente escorrem pelos meus dedos, sem que eu tenha a chance de segurar? 
Me pergunto diariamente desde então porque as pessoas dizem que sou alguém bacana e você não se esforçou para ficar comigo?
Me pergunto diariamente se vai ser sempre assim: me deixo envolver e tudo se perde?



Me pergunto diariamente inúmeras 
coisas que rodeiam minha mente 
perturbada por perdas.