segunda-feira, 7 de julho de 2014

Carecer.

Em estaca zero.
Novamente. 

A recuperação de ter que deixar ir para longe algo que você se entregou desde o primeiro fio de cabelo até a última lagrima, tem sido uma tarefa difícil. 
Todos, inclusive eu me enganei mais uma vez. Você me abraçou, eu chorei em seu ombro assim que eu o alcancei subindo na murreta e custou para que eu acreditasse que eu estava novamente envolvida em seus longos braços e você me disse que nunca deveria ter me deixado. Eu te contei que estava com uma saudade tão grande e você concordava com cada palavra que eu dizia, acompanhava cada gesto que eu fazia e sentia o meu perfume como se não houvesse amanhã. Disse que sentia saudade também, falou até que no dia seguinte ia vir tomar um café meu pois sentia falta disso também. Saímos com os dedos entrelaçados feitos nós, como se nunca mais fossemos soltar. Como antes, você fazia questão de sentir o calor do meu corpo enquanto tomávamos cerveja no copo americano na mesma sintonia e isso se repetiu após longos dias separados. As pessoas que estavam a nossa volta viam estampados largos sorrisos em nossos olhos. Me deixou sã e salva em casa como sempre fazia, mesmo eu tendo dito que eu aprendi o caminho sozinha. Ficamos abraçados no portão de casa por um longo tempo, os dois praticamente dormindo de pé e com medo de se soltar. Eu tive medo. Foi tudo tão como antes... 
Foi tudo como antes, que no dia seguinte eu voltei a seguir sozinha. 

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